"Marcio é maravilhoso

Marcio é divino

Marcio é moço fino

Rufino é homem com olhar de menino

Marcio é decidido

Marcio é mestre, brilha no ensino

Marcio é guerreiro...

E nesse Emaranhado Rufiniano, quero me emaranhar."

(Camila Senna)















sábado, 19 de dezembro de 2009

Câmara Cascudo e Malba Tahan no Orestes































No segundo semestre de 2009 o meu principal papel como mediador cultural da E. M. Orestes Bernardo Cabral foi apresentar às crianças as obras de dois grandes importantes autores: Câmara Cascudo e Malba Tahan. Com um intenso trabalho de contação de histórias desenvolvido por mim e por minha companheira de trabalho Silvana, as crianças puderam contemplar o interessante universo folclórico desses dois escritores. O objetivo era interagir de forma lúdica e criativa em duas disciplinas Cultura/Português e Cultura/Matemática. Tal iniciativa resultou em desdobramentos em teatro de fantoches e numa grande culminância no dia 04 de dezembro de 2009 onde os trabalhos desenvolvidos com as crianças foram expostos.

domingo, 18 de outubro de 2009

Corisco - guitarra elétrica

Sua entrega é como um raio
um risco
um corisco iluminando os céus
descarga elétrica
aguda, super aguda
escala baixa no braço da guitarra ponteaguda,
dedilhada fervente
e rápida
subescalas frenéticas
em gestos ágeis e ferozes.
Em completa e total dissonância com
suas palavras.
suas sentenças travam guerra
contra o que esbanja
sua música interior.
Sua alma quer velocidade
a máscara quer canção de ninar.
Quando os nós que sustentam a fantasia
se desfazem
surgem as facetas ocultas
e tão rápidas como um faxo brilhante
que ofuscam a visão e maravilham a mente
se deixam mostrar,
assim se vão e não se repetem mais
até a próxima tormenta.
Sua inquietação é um solo metal
em cordas vibrantes, arrancado
duma guitarra antiga, guardada como troféu
no canto de um escritório.

By Queen Guinevere

Poema composto pela poeta maranhense Rhita Ribeiro, grande companheira do grupo mar de poesia do yahoo, em minha homenagem gesto que muito honra a este humilde poeta.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mãe D'àgua


As gotas caem no azul

Tão indecentes como um beijo na boca

Molho o meu corpo

Como se a água fosse saliva

E brotasse dos orifícios da minha pele.

O velho rabo de peixe mexe e remexe

A espuma de água-doce.

Mas a benção desse refrigério

Está na humildade em que eu

Bebo do leite de seus seios

Que foram feitos para amamentar crustáceos.

Água; verdadeiro corpo da terra.

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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

domingo, 1 de março de 2009

O olhar de uma mulher




Uma mulher quando olha para um homem
É um convite.
Pobre de quem pensa
Que é um convite só para o sexo.
Na verdade é um convite para outro universo;
Infeliz de quem acha
Que é um convite só para o namoro.
É um convite para outro mundo
De possibilidades de recomeços
Mesmo que não haja assuntos.
Mesmo que não haja beijos.

É um olhar incerto
Que revela o fluxo de energia
Que nosso coração de anjo e bruxo
Desenvolto em euforia amoral
Consome e estende a cada dia
E deixa fluir para o astral.

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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Diversão e cidadania em Recreio nas Férias.









O projeto "Segundo Tempo" do Governo Federal em parceria com a Secretaria de Esporte e Cultura do Município de Nova Iguaçú promoveu de 26/01 à 06/02/2009 nas escolas da prefeitura da cidade a colônia "Recreio nas Férias". O evento envolveu profissionais ligados ao esporte e à cultura na área da educação municipal no monitoramento de oficinas de recreação, pintura, além de atividades esportivas e gincanas para crianças e adolescentes. Também foi apresentado um vídeo de animação realizado por crianças da comunidade, alunas da Escola Livre de Cinema do bairro Miguel Couto.






















Foram dias inteiros de diversão e cidadania, pois também foi realizado passeios turísticos à pontos históricos de cada bairro, como o de Vila de Cava, onde o Senhor Silas, morador da casa onde antes funcionava a antiga estação de trem de Vila de Cava, desativada desde 1966, nos contou a história do bairro.




Eu atuei na colônia como oficineiro de cultura nos bairros Prados Verdes e Vila de Cava. Mediante o aproveitamento das oficinas, pude produzir com as crianças e os adolescentes várias atividades. Uma delas foi o imenso painel de pintura inspirado em poemas de Tomás Antônio Gonzaga, Olavo Bilac e Augusto dos Anjos.






quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Monstro Teimosia


A vida é uma ilha flutuante

Sem porto fixo, sem norte.

Quanto mais se nada em sua direção

Mais ela foge.

O desejo vive nessa ilha.

Sedento, faminto, leproso.

Cego, banguela, horroroso.



Do alto mar já se vê o Morro do Pensamento

Onde as asas de Deus protegem a todos nós.

Atrás do morro vive um monstro bonzinho

Que estrangula

Mas só aperta e não machuca.

É o monstro Teimosia

Animal feroz que come as próprias patas

Para escapar da armadilha.

As patas são digeridas e defecadas.

Depois renascem firmes

Com as garras ainda mais afiadas.



E em todo esse emaranhado

Minha mais nobre atitude

Foi em cada lugar que passei ter deixado

Um pouco de meu pecado e de minha virtude

Monstro Teimosia que conta o irrevelável.

Monstro Teimosia que se transforma em noite

E nos banha de prazer e mistério.

O beijo que não se deu.

O sexo que nunca aconteceu.



Com o vento eu corro, pulo e rastejo.

Em qualquer brejo, em qualquer engenho.

Eu sopro em qualquer lugar

Mas ninguém sabe de onde eu venho.



E em todo esse emaranhado

Minha mais nobre atitude

Foi em cada lugar que passei ter deixado

Um pouco de meu pecado e de minha virtude.



Teimosia inexorável, soberba, sonhadora.

De gosto louco, bêbado, exótico.

Conivente com monstros depravados

Que se acariciam

Em frente à gigantesca tela plana de cinema erótico.



E quando as ondas duramente retardadas

Do mar Cáspio do meu riso

Baterem nas pedras moles da minha segurança

Eu vou me banhar num fumegante rio

Para que muito além do meu calcanhar

Seja meu corpo todo uma bonança.



Teimosia que não quer eu seja o sapo que se transforma em príncipe

Mas quer que eu seja o sapo que devora auroras.

Teimosia que não que que eu seja o cão

Que se faz de anjo de luz para iludir e enganar

Mas o cão que ladra para a luz da lua

Para acalentar o sono e sonhar.



E em todo esse emaranhado

Minha mais nobre atitude

Foi em cada lugar que passei ter deixado

Um pouco de meu pecado e de minha virtude.


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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.